sexta-feira, 22 de julho de 2011

Por Priscila Franco


Uma das primeiras escolas a escolher o enredo para 2012, a Vila Isabel foi também uma das últimas a entregar a sua sinopse. Para ter um tema bem amarrado, a azul-e-branco priorizou a vasta pesquisa a fontes, típica da carnavalesca Rosa Magalhães e rejeitou a agilidade. 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

VILA ISABEL ENTREGA A SINOPSE DO ENREDO

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Dia 21, a partir das 20h, será entregue a sinopse do enredo "Você sembo lá... que eu sambo cá - O canto livre de Angola" aos compositores interessados em participar da disputa de samba que definirá o hino oficial da querida Unidos de Vila Isabel para o Carnaval 2012.

O encontro, que contará com as presenças do presidente Wilson da Silva Alves, da carnavalesca Rosa Magalhães e do historiador Alex Varela, será na quadra, situada no Boulevard 28 de setembro, nº 382, em Vila Isabel. Vale lembrar que o concurso de samba na azul-e-branca está aberto a todos os compositores e não só aos integrantes da ala.

 A Vila, escola que mais cresceu nos últimos 5 anos, alcançando assim a 3ª colocação no ranking da Liesa, será a última agremiação a desfilar no Domingo de Carnaval, conforme definido durante sorteio recentemente realizado na Cidade do Samba. Mais informações pelo tel. 2578-0077

Arráia JORGE, AMADO JORGE!

Divulgação

O G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense, convida sua comunidade e seus amigos, para sua Festa Julina, que acontecerá no próximo dia 23 de julho, às 18hs, em nossa quadra de ensaios em Ramos (rua Profº Lacê, 235).

Teremos trio nordestino animando a noite, barracas com comidas típicas, brincadeiras, apresentação das quadrilhas "N. S. do Rosário de Pompéia", “Do Sampaio”, “Shock do Painho”, e também “Casamento na Roça”.

O noivo da nossa Festa Julina, será o cantor Elymar Santos, a noiva será uma surpresa para todos.

A entrada será franca.

Compareça e divirta-se com a Imperatriz Leopldinense!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Portela divulga local de ensaios e calendário do concurso de samba enredo

Por Artur Bernardes

A Portela , através da sua equipe de coordenação de carnaval  divulgou onde serão realizados os cortes de samba, as eliminatórias, semi finais e a grande final, junto com as respectivas datas.

O local escolhido foi a Quadra do GRES Caprichosos de Pilares, localizado na Rua Faleiro, 01 - Pilares

Após a divulgação  e leitura da sinópse , Alex Fab um dos coordenadores de carnaval da Azul e Branco de Madureira, divulgou as datas e ressaltou a importância da organização.

-  Ter um planejamento é muito importante ,o compositor precisa organizar-se  e  saber as datas , horários e os locais certos para não ocorrer nenhum tipo de problema. Finalizou

Calendário:

Reunião com compositores:   26/07/11, 02/08/11 e 09/08/11 - Terça Feira - 20hs ( Portelinha)

Entrega dos sambas:  24/08/11- Quarta Feira das 19hs ás 22hs  - ( Portelinha)

Apresentação dos sambas concorrentes (com corte); 27/08/11 -  Sábado as 15hs (Caprichosos de Pilares )

Eliminatória chave Azul- 31/08/11 e 14/09/11 -Quarta Feira - 21hs (Caprichosos de Pilares)

Eliminatória Chave Branca - 07/09/11 e 21/09/11 - - Quarta Feira - 21hs ( Caprichosos de Pilares)

Junção das chaves - 28/09/11- Quarta Feira - 21hs ( Caprichosos de Pilares)

Semi-final -07/10/11- Sexta Feira- 22hs ( Caprichosos de Pilares)

Final- 14/10/11- Sexta Feira - 22hs ( Caprichosos de Pilares)

Recife e Rio de Janeiro - por um samba bonito para Gonzagão

Por Priscila Franco





A cúpula da Tijuca na apresentação da sinopse para 2012
Se, nos últimos anos, o carnavalesco Paulo Barros foi tido pela crítica como "hollywoodiano" ou "internacional", para 2012, esses conceitos vão precisar ser revistos. Com um enredo tipicamente brasileiro, a Tijuca vai mostrar que sabe, sim, falar sobre um tema biográfico, homenageando uma importante figura do nosso nordeste: Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Com euforia, a escola azul-e-ouro apresentou a sinopse, na noite desta terça-feira, aos seus compositores, na quadra da agremiação.

Na entrega da sinopse, compuseram a mesa o diretor geral de harmonia, Fernando Costa,a pesquisadora Isabel Cristina, o carnavalesco Paulo Barros, o diretor de carnaval, Ricardo Fernandes, o presidente da agremiação, Fernando Horta, além da nova rainha de bateria Gracyane Barbosa e o seu marido, o cantor Belo. No Centro de Convenções da EMPETUR, em Recife/PE, outros compositores acompanhavam a inédita transmissão  simultânea online da apresentação do enredo.

Intitulado "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão", o enredo gira em torno de uma festa de coroação de Gonzagão, com toda a pompa e cerimonial necessário para uma autoridade desse quilate. Segundo Paulo Barros, a sinopse está bem clara e didática, retratando tudo o que passará pela avenida, e os compositores devem estar atentos a ela.

- Esse enredo acontece através de um convite. A Unidos da Tijuca vai convidar toda a realeza, para a celebração e coroação do Rei do Baião. Então o nosso enredo parte exatamente daí. Todo esse trajeto a partir da chegada da monarquia é traçado a partir dessa sinopse e está muito claro neste texto. Vocês sabem que, quando um rei é coroado, todas as monarquias são convidadas. Ao longo desse percurso, vamos mostrar tudo aquilo que encantou Todos Luiz Gonzaga, para no final fazermos efetivamente a coroação do grande rei. - explica o carnavalesco antes da leitura.

Na sinopse, feita em versos, elementos importantes do cenário nordestino foram privilegiados, mencionando os feitos de Luiz Gonzaga para valorizar a cultura local e o seu povo. E, durante a passagem da escola pela Avenida, será feita uma “viagem” para mostrar essa terra que encantou o rei do Baião.

Existe uma expectativa nos sambas que vão surgir. Pela grandiosidade do pernambucano, cresce a responsabilidade dos compositores, tanto os cariocas quanto os conterrâneos de Luiz Gonzaga, que também entrarão na disputa pelo hino que embalará a escola em 2012. De acordo com a pesquisadora Isabel Cristina, a dica é se espelhar no acervo disponível.
- Pode ter sido força de expressão de Paulo (Barros), mas ele tem 527 músicas gravadas, e várias são composições dele. Então seria interessante vocês olharem esse universo de conhecimentos, de fusão da cultura nordestina, não só de Pernambuco. Eu acho que o primeiro passo é olhar isso, pesquisar e ver que maravilha é o trabalho de Luiz Gonzaga, que para nós, apesar de já conhecermos, continua sendo uma descoberta. Quanto mais a gente procura, mais encantado a gente fica com o trabalho dele. - contemporiza.
Novo regulamento para compositores

Ao final da apresentação, da sinopse, os compositores puderam tirar dúvidas sobre o enredo, principalmente acerca da utilização de um vocabulário mais específico, como gírias nordestinas ou de termos muito específicos, como “monarquia” e “realeza”. Respondendo às perguntas, Paulo Barros os deixou à vontade para a criação, mas respeitando o que estava descrito na sinopse. Para outras questões que porventura surgirem, o carnavalesco agendou três encontros com as parcerias: 26 de julho, 02 e dia 9 de agosto.

Para 2012, a Unidos da Tijuca modificou as regras para as composições. Não será cobrada taxa de inscrição das parcerias, que era referente à camisa para o desfile, além da premiação para os sambas que ficarem entre a segunda e a quinta posições, divididos da seguinte maneira: o 2º leva R$ 10.000, o 3ª, R$ 8.000, o 4º ficará com R$ 7.000 e, finalmente, o 5º com R$ 5.000. Além disso, a escola manterá a distribuição de uma cota de ingressos para convidados de cada parceria.

Os compositores terão que trabalhar com agilidade, porque já no dia 17 de agosto deverão entregar o samba gravado. A disputa inicia no dia 20 de agosto, a partir das 22h, com eliminatórias todos os sábados, encerrando no dia 15 de outubro.

Rainha Gracyane é apresentada aos tijucanos

Por Priscila Franco



Em sua primeira visita à quadra da Tijuca, Gracyanne
 já recebe o carinho da comunidade
Na noite de apresentação da sinopse da Unidos da Tijuca, a dançarina Gracyanne Barbosa era apresentada como a nova rainha da bateria da agremiação. Acompanhado do marido, o cantor Belo, ela fez a sua primeira visita à quadra e  sua primeira aparição como membro da escola,  Em entrevista ao site OABREALAS, a realeza incorporou o seu lado foliã e explicou o peso de estar chegando à azul-e-ouro do Borel:


- Eu acho que a responsabilidade é grande, porque a Tijuca faz um desfile impecável, é uma das escolas mais esperadas da Avenida, até pelo Paulo Barros, que vem sempre inovando no Carnaval. Quando desfilo, fico pensando em como vai ser a comissão de frente, os carros, porque acho que a escola encanta Como foliã, eu sou apaixonada pelo desfile da Tijuca, quando não posso ver coloco para gravar... - afirma. 

Mesmo ainda não tendo avaliado a receptividade da comunidade do Borel, a nova rainha já sabe quais os ingredientes para ocupar bem o posto e conquistar os componentes:

- Eu gosto de estar nos ensaios, não sei como é aqui na Tijuca, mas eu adoro os ensaios de rua, estar perto da comunidade, criar um vínculo maior, porque eu acho que tem que ter essa afinidade e uma aceitação verdadeira. Isso faz com que a rainha fique muito mais à vontade com a bateria e componentes, então podem contar com isso. Hoje foi a primeira vez que estive no barracão, conheci algumas pessoas de lá, mas não propriamente a comunidade, e também vim aqui na sinopse conhecer a quadra, mas que espero que a comunidade me receba bem. Acredito que sempre haverá uma resistência, até porque a rainha ficou aqui durante cinco anos, é uma pessoa muito querida, mas com certeza eu espero fazer um trabalho para que eles me recebam da mesma maneira que estou abraçando a escola. - comenta.

A beldade, que já tem no currículo escolas como Salgueiro, Vila Isabel e Mangueira, garante que o amor pelas antigas agremiações se mantém:

- São escolas que ficam no meu coração, porque quando você fica um ano, ou três, como fiquei na Mangueira, você cria um carinho muito grande pela escola. Como eu estava sempre nos ensaios de rua, eu criei muita afinidade. O carinho pela comunidade mangueirense vai continuar sempre, e quando eu puder, eu vou continuar frequentando a quadra da escola, porque a gente cria esse vínculo e o carinho permanece. Embora algumas pessoas saiam, a comunidade permanece, então acho que a gente fica devendo isso a eles. O carinho que as pessoas me receberam lá eu não tenho nem como descrever, então eu preciso falar isso a eles. - finaliza.  

Sinopse Portela

GRES PORTELA
Carnaval 2012

Presidente: Nilo Mendes Figueiredo
Coordenadores de Carnaval: Alex Fab e Junior Escafura
Carnavalesco: Paulo Menezes
Diretor de Harmonia: Marcelo Jacob
Assessoria de Imprensa: Enildo do Rosário(Viola)


“...E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual...”

Pequena Prece ao Senhor do Bonfim.
Salve, meu Pai Oxalá, Meu Senhor do Bonfim!
Senhor do branco, pai da luz.
Força divina do amor...
Epa Babá!

Meu pai, “... sou filha de Angola, de Ketu e Nagô
Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira
Dentro do samba eu nasci,
Me criei, me converti
E ninguém vai tombar a minha bandeira.”
E venho a ti pedir sua benção e proteção, e pedir, também, licença aos meus padroeiros, para conduzir a minha águia altaneira, o meu altar do samba, até a sua presença.
Sabe, meu senhor, sempre fomos muito festeiros, muito devotos, e gostaria muito que o meu povo conhecesse o seu povo e a sua maneira de festejar, de reverenciar a sua crença, a sua fé.
Por muitas vezes cantei a Bahia, agora chegou a hora de mostrá-la.

“... essa Bahia gostosa
Cheia de encanto e feitiço
Que deixa a gente dengosa
E a gente nem dá por isso”

Bahia que tem o dom de encantar.
Terra em que o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco se misturam e se tornam uma coisa só. No mar da Bahia, tudo e todos se misturam.
Bahia de vários corações...  sagrados corações.
Terra de cores, cheiros e temperos.
Terra de festas e de fé, de santos e orixás.
Terra de samba.
Terra de amor e devoção.
A Bahia é festa o ano todo e o povo vai pra rua manifestar a sua fé.

“... E esse canto bonito que vem da alvorada.”

Alvoradas, missas, procissões, afinal “quem tem fé vai a pé”.
Novenas, flores, fitas, águas e perfumes.
Cortejos, fiéis e cânticos.
Velas, orações e adoração.
Gente que dança!
Tambores e atabaques, samba de roda, batucadas.
Comidas, pois festa sem comida não é na Bahia.
Gente que canta!
Canta pro santo, canta pro orixá. Canta para os dois ao mesmo tempo. É o sincretismo se fazendo presente.
Louva a alegria, a liberdade, a esperança.
Gente que pula!
Pula como pipoca, como cordeiro, em blocos e trios. Transforma as ruas em um mar branco, de paz.
Mar branco, mar vermelho, mar azul. Bahia é feita de mar, é feita de água.
Gente que louva!
Beatos, filhos-de-santo, padres, mães-de-santo, fiéis e iaôs, todos juntos num mesmo ideal. Deuses e mortais, passado e presente.
Altares e terreiros, tudo é mistério. As divindades tão próximas e tão íntimas. O milagre da cumplicidade com o sagrado.
A luz dos orixás refletida nos olhares.

“... Tem um mistério que bate no coração
Força de uma canção que tem o dom de encantar.”

É dia de festa na Bahia. Não importa como começou. Não importa se um dia tudo vai terminar, pois o riso e o gesto já estão gravados na eternidade, no céu e no mar.
Bem aventurados todos aqueles que puderem ver a Bahia em festa.

E neste momento, meu Senhor, vejo que tudo aquilo que move o baiano: a fé, a alegria, a esperança, a crença e a devoção, move também o meu povo, o portelense.
Um povo que nunca desiste, vive a sorrir e a festejar.
E que essa Bahia que é de Todos os Santos, seja a partir de então dos santos da Portela também, que eles passem a fazer parte do seu panteão, estendendo sobre eles o seu divino manto e nos conduza a um desfile triunfal sobre o altar do carnaval.
Bem aventurados aqueles que puderem ver a Portela em festa.
Afinal,

Sou Clara,
Sou Portela,
Sou Guerreiros,
Sou Amor!

Salve o manto azul e branco.
Amém!

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Paulo Menezes
Enredo: Paulo Menezes e Marquinhos de Oswaldo Cruz

Beija-flor convoca 700 negros para o desfile de 2012

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A Beija-Flor está convocando negros, homens e mulheres, de qualquer tipo físico e com mais de 18 anos, para participação no desfile da escola no próximo Carnaval, quando a azul e branco tentará o bicampeonato com o enredo "São Luís - O Poema Encantado do Maranhão".

O carnavalesco Fran Sérgio adianta que os inscritos terão garantidos lugares em carros alegóricos e alas.

- Eles estarão em vários pontos do espetáculo. Os negros terão muita importância no nosso desfile, assim como são uma característica muito marcante nas artes, no folclore e na cultura do Maranhão – revelou o artista, ressaltando que os interessados devem ter disponibilidade para participação nos ensaios e que ganharão fantasia..

As inscrições já podem ser feitas no barracão da Beija-Flor, Rua Rivadávia Correia, 60, barracão 11, na Gamboa, no horário comercial, ou a partir de 2 de agosto, na quadra da escola, durante as eliminatórias do concurso de samba-enredo. O endereço da quadra é Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025, Centro de Nilópolis. Outras informações podem ser obtidas através do telefone             (21) 2233-5889       - ramal 29, ou pelo e-mail beijaflordenilopolis@ig.com.br .

A Beija-Flor será a sexta escola a se apresentar na Marquês de Sapucaí no Domingo de Carnaval. O desfile está sendo preparado pelos carnavalescos Fran Sérgio, Ubiratan Silva, Victor Santos e André Cezari, sob a coordenação de Laíla, diretor de carnaval.

Império Serrano comemora posição de desfile para o Carnaval 2012

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Foi dada a largada para o Carnaval 2012.Em sorteio realizado na casa de shows Scala, no centro do Rio, ficou definido que o G.r.e.s Império Serrano vai ser há oitava escola a desfilar no sábado de Carnaval. Antes do sorteio, a comissão de carnaval da agremiação já torcia para que a escola fosse uma das últimas, devido há tradição imperiana. O presidente Átila Gomes ficou satisfeito com o resultado.

- Queríamos desfilar mais para parte final da noite, devido há tradição da escola, ainda tentei trocar com a Santa Cruz que será a sétima a desfilar, pois nosso objetivo era concentrar do lado do balança mas tudo bem. Para quem quer ser campeão posição de desfile é um detalhe.

Ao longo da festa, com várias personalidades do mundo do samba, o presidente da Lesga Reginaldo Gomes falou há respeito do começo de Átila no comando do Império Serrano.
- É muito bom o Império Serrano ter uma administração jovem, séria e com disposição para trabalhar, era disso que a escola estava precisando. Desejo toda sorte do mundo para o Átila e toda nação imperiana.
Toda diretoria da Liga Independente das Escolas de samba esteve presente no sorteio, que teve como grandes convidados Jorginho do Império e o show da campeã do Grupo A, Renascer de Jacarepaguá.
 

Renascer, Vila Isabel e Grande Rio são as escolas convidadas neste sábado (23)

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A vermelho-e-branco vai se colorir se azul, verde e amarelo, misturando-se às cores das agremiações convidadas do próximo ensaio, no sábado (23).

A Academia do Samba receberá componentes da Renascer de Jacarepaguá, Grande Rio e Unidos de Vila Isabel, dando sequência à confraternização que se estenderá até a próxima semana.

Com o enredo Cordel Branco e Encarnado, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, a Academia do Samba dá as boas vindas com pagode do grupo Caldeirão do Salgueiro, enquanto Carlinhos Coreógrafo e seu grupo de passistas fazem a animação. Pontualmente À meia-noite, Mestre Marcão, à frente dos ritmistas da Bateria Furiosa, dá o ritmo para que os intérpretes Quinho, Leonardo Bessa e Serginho do Porto entoem os sambas que fizeram a história da Academia. O grupo show da escola, com passistas, casais de mestre-sala e porta-bandeira, baianas, velha-guarda e demais componentes, além da rainha de bateria Viviane Araújo, se apresentam, dando passagem às agremiações convidadas.

Serviço:
Ensaio do Salgueiro

Participação: Renascer, Vila Isabel e Grande Rio
Sábado, 23/07/2011
Quadra: Rua Silva Teles 104 – Andaraí
Ingresso: R$15
Classificação etária: 16 anos

Portela promete emocionar a Sapucaí , falando sobre as festas religiosas da Bahia

Por Artur Bernardes

A Portela entregou na noite desta terça-feira , a sinopse do enredo "... E o povo na rua cantando. É feito uma reza , um ritual" para os seus compositores.


A entrega foi realizada, na sede da Portelinha, uma vez que a sua quadra de ensaios encontra-se em obras. O coordenador de carnaval da escola Junior Escafura informou que os cortes de samba, semi-final, final e os ensaios até a entrega do " Portelão" serão realizados na co-irmã  CAPRICHOSOS DE PILARES.

Pelo que se viu , a Portela promete não só um grande carnaval, mas tambem emocionar a todos os presentes na Sapucaí e principalmente os Portelenses.

O enredo fala sobre o sincretismo e as festas religiosas da Bahia, tendo como condutora   Clara Nunes.

Ele fez questão de frisar aos compositores presentes que o ponto principal do enredo são as festas religiosas da Bahia e que citações a Clara Nunes serão válidas.

O erro que os compositores não podem cometer é  transformar a cantora como figura principal do enredo.  Paulo mencionou ainda que estará nos dias 26/07, 09/08 e 16/8 na quadra da Portelinha a disposição dos compositores, esclarecendo  qualquer tipo de dúvida.



O carnavalesco Paulo Menezes , mencionou que ao assumir o carnaval da Portela tinha em mente um enredo voltado para a Bahia, mas , com a " cara" da Portela.


considerou que os Portelenses que o encontravam pediam um enredo sobre Clara Nunes e como sempre foi fã da cantora decidiu enriquecer o enredo fazendo uma citação a mesma

- Depois de muitas pesquisas e com a  ajuda Marquinho de Oswaldo Cruz e  com o aval da  diretoria , o enredo foi escolhido.

Paulo nos mencionou como isso irá funcionar e o que podemos esperar da Portela na avenida.

- Teoricamente falando, Clara Nunes vai levar a Portela até as festas na  Bahia, isso será uma vontade dela. O que mais me encanta nesse carnaval é que a Portela vai emocionar muita gente, vai mexer com o imaginário das pessoas é disso que o Portelense precisa.

Faço questão de frisar que o Marquinho de Oswaldo Cruz foi super importante nesse enredo, ele viajou   até a Bahia e captou recursos. Eu queria falar de Clara e Bahia e o Marquinhos lá estava ajudando  na elaboração desse enredo.

Um ponto de preocupação citado pelo  carnavalesco é o atraso nas obras e consequentemente a entraga do barracão na Cidade do Samba.

- Realmente é um fator preocupante, não temos alternativas em relação a construção das alegorias , uma vez que  a área do Porto , está sendo desativada, não tendo galpões disponíveis para realizar um carnaval grande, conforme estamos fazendo para a Portela. Finalizou

Paulo nos informou, que está com o carnaval adiantado, vai começar a confeccionar  os protótipos  na primeira ou segunda semana de Agosto e que em Outubro estará entregando.

O carnavalesco comentou  ainda que irá levar para a sapucaí em 2012 , sete alegorias grandes  e vários tripés.

Tambem presente ao evento estava Marquinhos de Oswaldo Cruz ,  que assina o enredo junto  ao carnavalesco e nos contou, sobre a sua expectativa pelos sambas que serão apresentados e a sua participação na escolha e desenvolvimento do enredo.



- A Portela sempre teve grandes compositores  e sambas inesquecíveis, diante de um enredo tão grandioso como esse a expectativa é a melhor possivel.

A minha participação no desenvolvimento do enredo veio através de uma decisão em comum de todos nós , queriamos um enredo que fosse a cara da Portela.

Falou-se muito em um enredo sobre o sul , mas o carnavalesco imaginava uma outra coisa, foi dai que nossas ideias começaram a casar, queriamos um enredo que falasse da Bahia mas de uma maneira diferente, como  exemplo Temos  a festa do nosso Senhor do Bonfim, mas não existe só esta , vai abordar todas  como a de Santa Bárbara, Conceição da Praia, do Rio Vermelho e por Ai  vai...

- Fomos buscar uma Bahia que se parece muito com Madureira e Oswaldo Cruz , ou seja a grande Salvador. Tivemos também a sorte do ilustre Governador da Bahia perceber isso , uma vez que ele quer mostrar uma cidade  diferente do que já está divulgado, mostrando   essas festas ainda não abordadas.

- O governador da Bahia nasceu no Rio de Janeiro, na região da grande Madureira.  Finalizou Marquinhos.

Perguntado se o governo da Bahia iria patrocinar o carnaval da Portela, Marquinhos mencionou

- Existe uma negociação, mas nada de concreto foi acertado e que até agora. Finalizou










Confira a sinopse da Unidos da Tijuca

G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA – 2012

O DIA EM QUE TODA A REALEZA DESEMBARCOU NA AVENIDA PARA COROAR - O REI LUIZ DO SERTÃO

“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão;
que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes,
os valentes, os covardes, o amor.”
Luiz Gonzaga

Toca a sanfona porque a festa vai começar!
Abre e fecha esse fole que a comitiva vai chegar
A Avenida é a estrada que leva sertão adentro
E ninguém que aqui está esquecerá esse momento.

De lembrar que, em noite de estrela, nasceu um rei no sertão
Que virou majestade de tanto ensinar o baião
Andando e cantando a história de seu povo
Cem anos depois, ele vai ser coroado de novo.

Convidamos reis e rainhas pra mostrar que desde menino
Luiz Gonzaga, o Lua, já tinha de astro o destino
Mostrava o sorriso e a alegria, cantava e dava lição
Mas lá no fundo guardava saudade no coração.

Senhoras e senhores, o roteiro dessa viagem
Leva a terras distantes, onde um povo de coragem
Desafia a seca e a poeira, do barro ganha a vida
Esculpe a terra, tece a renda, de sol a sol nessa lida

No mercado, montam a banca e é bonito de se ver
E de tudo que há no mundo, nele tem para vender
Cores, cheiros, sabores da cultura nordestina
Lá se compra toda a sorte dessa vida Severina.

Segue o comboio real, vai cruzando o caminho
No lombo do burro, chega às terras de Vitalino
O mestre da escultura, que todo mundo copia
Bonecos que contam a vida, as coisas do dia a dia.

Mas pra conhecer o sertão, é preciso ter coragem
Atravessar a caatinga, seguir em frente a viagem
Pedir benção, rezar com fé, ser beato, ser romeiro
E reunir com toda a tropa, lá na Missa do Vaqueiro.

Senhores, rainhas e reis, o Rei do Baião anuncia
Que, depois de tanta reza, vai crescer a valentia
É pegar a beira do rio, é ser Lampião e Corisco
Pra conhecer a beleza do Vale do São Francisco.

Andar pela margem pra ver a vida que brota dos rios
O Velho Chico crescendo, com água que vem dos baixios
A cana, os frutos, o gado, o canto do passarinho
Cantar a saudade do rei, desse tempo de menino,

Toca a boiada, vaqueiro! Segue em guarda o cangaço
Que cada afluente que corre do Velho Chico é um braço
Desce pro sul até ver carrancas que trazem a sorte
A cara feia que espanta não deixa ter medo da morte.

“Simbora” que vem a noite, é hora de ver balão
Que as festas já começaram, tem “arraiá”, tem quentão
São José foi no plantio, na colheita é São João
A quadrilha já tá pronta, vai ter forró e baião.

E a sanfona anima o povo, todos vão se apresentar
Pra comitiva real, ao som do fole brincar
Bumba meu boi, maracatu, frevo, pagode e reisado
E tudo que precisar pra gente ficar animado.

Foi cantando pelo sertão que Gonzaga virou rei
De tanto cantarem junto, sua canção hoje é lei
Da poesia na praça, da valentia e coragem
Sua lição ganha as rádios, difunde sua mensagem.

Nas estações onde passa, vai contando sua vida
Espalha alegria e raça, hoje ganha a Avenida
E a Tijuca agora brinca e pra todo o mundo diz
Que a estrela de Gonzaga no céu descansa feliz.

Paulo Barros (carnavalesco)
Isabel Azevedo
Simone Martins
Ana Paula Trindade

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sinopse São Clemente 2012: Uma aventura musical na Avenida

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A São Clemente tem uma espécie de dever: dever de sonhar, e sonhar sempre!
E assim nossa Escola se constrói em ouros e sedas,
Inventa palcos, cenários, para viver o seu sonho:
Lutar quando é fácil ceder, vencer o inimigo invencível, negar quando a regra é vender; voar num limite improvável, tocar o inacessível chão!
(Do musical Homem de La Mancha, e da Poesia de Fernando Pessoa)


GRES SÃO CLEMENTE – CARNAVAL 2012
ENREDO: UMA AVENTURA MUSICAL NA SAPUCAÍ

         Na escuridão do terceiro-sinal, foco de luz no mestre-maestro, delirantemente aplaudido pela gente que vai assistir a aventura musical. Silêncio.

         Prólogo: Seguindo o apito e a batuta, a orquestra no recuo do fosso ataca, e há música encantadora no ar; é quando a cortina amartelo-negra abre-se lentamente! “Gatos” (Cats) esgueiram-se na arqiubancada/plateia, e vão evocando as “Memórias”, refazendo a História: “Senhoras e senhores, bem0vindos ao dedfile do ‘Teatro Musical Brasileiro’! E por quê apaixona-se a São Clemente pelo início do teatro musicado no Brasil? Porque, como ela, as operetas curtas daquele tempo eram satyíricas, críticas e irreverentes. E aproximavam o povão da mais fina arte! Influência francesa que geros nos trópicos, um ‘u-lá-lá’ pra lá da malandragem. Mais ou menos 1850. bom humor era tudo, rapidez rimava com qualidade, e, para quem entende, um pingo é letra: a parisiense nasceu na Lapa, e ia da canção, do xote à valsa, da marzurca ao tango. Só no truque da ingênua maliciosa, e o diabo que a cerregue lá pra casa!”.

         Luz em resistência. Um astro vai descendo a alegórica escadaria de luzinhas piscantes, acompanhado daquilo que secretamente nos bastidores chamamos da sua “Comissão de Frente”: lindíssimas vedetes, em maiôs cavados com franjas de diamantes falsos e transparência sobre os seios, escoltadas por bailarinos, luxuosamente vestidos em fraques. A vida é um “Cabaret”. Ouve-se a voz so Mestre de Cerimônia: “Ora, se os desfiles de Escolas de Samba são os maiores dos musicais de que se tem notícia, nada melhor que esta grande aventura musical clementiana falar em ritmo de samba, de como viveu e vive esse grande e longevo negócio, que reúne na ribalta empresários, artistas, técnicos: a tal gente do show business – Nós! Avante legítimas representantes carnavalizadas desta verve, as Comissões de Frente, espetáculo à parte na Avenida, quando sobem pernas, arrancam roupas, despertam o aplauso e o inesperado acontece: é a Broadway tupiniquem! A abertura é mágica!”.
         O palco/passarela abre-se, e sobe o espetacular elevador com a sua montanha verdejante onde “A Noviça Rebelde” rodopia, cantando para as suas crianças que a “Mùsica, é Divina Música”: “Precisa de dinheiro para botar o bloco na rua, levantar cenários, contratar estrelas, fazer figurinos, vender bilhetes e acender a rica luz: aí o prazer do público é total, quando a beça Estrela seminua com cara de safadinha, faz biquinho e começa solfejando os acordes”.

         Desce da escuridão do urdimento a magistral teia com a “Mulher Aranha”, arrebatadora Rainha e Madrinha da Companhia. Das laterais, no chão surgem as mulatas com o estonteante figurino “Sopro de Purpurina”. O primeiro setor de assentos, em suspense, puxa o fôlego, sem acreditar na tamanha opulência flutuante sobre si. Confetes prateados caem salpicados. A aracnídea está em êxtase, pendurada quase solta no espaço, e declama coquete: “Leques de plumas abanam em glória a primeira das grandes: Chiquinha Gonzaga! E o Brasil era cantado em prova, verso e música em 1885, com um pé no caipira e outro na cidade grande. Festa de São João, conversa de botequim, prosa de malandro, vida de bairro, amor feliz. Artur Azevedo apareceu logo depois, saindo através de uma cortina de gotas de vidro: adorava meter o pau (ui!) no político-social, sem jamais esquecer “pernas à mostra e seios nus...”. Igualzinho ao carnaval! Olhar bem humorado, uam forma de ver a vida: temas alegres, língua apimentada e um bububú no bobobó. Duplo sentido, para um povo cujo sexto sentido avisava que de perto ninguém é normal”.

          Uma parede de elásticos brilhosos é atravessada por ritmistas, quando ouve-se a sirene: - Teatro?, pergunta a “Bela”. – Musical?, devolve a “Fera”. – Sapucaí!, Exclamam os dois juntos. Entre românticos balanços de flores, o casal avança na narrativa: “A cena, a dança, a cantoria. Sopravam ventos de influência da Liberdade, América, numa revolução cenográfica e coreográfica. Tiraram a orquestra, botaram a banda, e o público exigia que arrancassem as meias daquelas pernas que eles queriam ver em pele. E veio a fantasia musicada na Praça Tiradentes: era hora das estrelas de primeira grandeza dando ataque e atraindo multidões, divas da pá virada em decotes abissais e rabo de penas raras. Fila na porta, empurra-empurra e o ingresso a tapa: todos pagavam para ver a belíssima e talentosa Loura falsa”.
         Do Balcão da Casa Rosada, envolta na fumaça de gelo-seco e construído do papelão e compensado, “Evita” abre os braços. E, em vez de cantar “Não Chores por Mim Argentina”, inesperadamente faz seu tributo de amor ao musical brasileiro, porque o espetáculo não pode parar (a não ser na frente do júri), e continua dobrando a esquina: “Foi aí que o jogo avançou: girou a roleta do Cassino, porque o Brasil Pandeiro esquentava seus tamborins e fazia os dados rolarem: todo o país queria Rosetá e em 1945 Walter Pinto mandava: “Canta Brasil”. E não é que o país resolveu investir? A maquinaria espetaculosa em efeitos de cena se tornou tão importante quando as Estrelas. Abre e fecha, sobe e desce, acende e apaga, ou dá ou desce! Deus é brasileiro, e do limão estrangeiro fez-se uma limonada à tropicália, e o Brasil conhecia o Brasil. Deu tão certo que o mito grego de Orfeu, quem diria, foi parar na favela brasileira; e a querida senhora Pigmaleão armou sua barraca de feira por aqui. Com Carlos Machado o musical brasileiro alcança sucesso internacional”.
          Uma gaiola espelhada é trazida pelo ciclone do “Mágico de Oz” e dentro está a menina Dorothy. Guardas com cassetetes de strass batem no pobre Homem de lata. “os Miseráveis” surgem pelas laterais, tentamdo socorrer. Parte triste da História, tentam calar os Musicais Brasileiros: “ A língua do Zé-Povinho estava afiada e fazia anedotas com a vida dos poderosos. Tudo devidamente amordaçado pela censura, que fez a cortina fechar pelos idos dos 60. Proibido proibir deu nó em pingo d’água e fez a tigresa (Sonia Braga) estrelar e deixar todo mundo de cabelo (Hair) em pé, tal a força deste libelo, que duas vezes o Brasil aclamou seduzido por tanta qualidade ideológica e musical. Acordes para os hippies. Faça humor, não faça a guerra, nós temos um sonho: deixe o sol entrar! Foi uma Roda-Viva para os brasileiros, cuja profissão sempre foi a esperança. Como Calabar resistiram, a Gota d’água no oceano da incompreensão”.

Deitada numa lua de paetês surge “Vitor ou Vitória”. A indecifrável fala sobre gays, machões e lembranças musicadas: “Nisso jogaram gliter. Anunciada a era e Aquarius, houve o rompimento, a mudança, a fuga dos padrões e a busca do novo. Deboche de músculos másculos, pernas cabeludas, cílios postiços e saltos altos. Foi com os Dzi croquetes que devolvemos à Europa o que dela tínhamos recebido um século antes: o vigor do teatro musicado, desta feita, andrógino. Mas isso era só um lado da moeda. Faltava um pedaço, aquela marca de pegador do brasileiro, do machão que não é Mané. E a sacada da Ópera do Malandro foi fazer do Brasil um bordel, quando o homem brasileiro assumiu de vez sua vocação para o cantar, dançar e interpretar. No rodopio dos 80 e 90, do conteúdo político partimos para revisitar os mitos de nossa música popular. Ganhou o samba, que viu de novo Assis Valente, as Irmãs Batista e Elizeth Cardoso, revividas e exaltadas em grandes montagens; a música popular brasileira virou fio condutor de uma torrente de paixões”.

Todo o elenco internacional de imorredouros personagens, para sempre em nossos corações, estão em cena. Entraram Arlequins, Pierrots e Colombinas para receberem calorosos a carroça brasileira dos Saltimbancos, que fez cantar gerações seguidas de crianças, e “Sassaricando, e o Rio inventou a Marchinha...”. O flash, a emoção do sassarico, porque sem sassaricar, esta vida é o “ó”! Maria Escandalosa junto com a Galinha e o Jumento, brasileiríssimos, cantam “Yes, Nós temos Bananas”. Pós modernos, falam da virada do terceiro milênio.: O Brasil e o mundo, a aldeia global fazendo prosperar abaixo da linha do Equador o que antes era reserva de Nova York, Las Vegas, Paris e Londres: o trânsito de diretores, produtores, autores, a festa das plateias brasileiras. O mistério extraordinário do musical: Raia equilibrava-se na pequena Loja dos Horrores; esfregávamos os olhos para saber se era verdade que a mesma Bibi que cantava o pequeno pardal Piaf, também se rasgava nas estranhas ao cantar os fados de Amália; Marília podia ser Dalva de Oliveira ou Elis, ou todas Elas por Ela; e agora José Mayer é o definitivo Violinista no Telhado.

Grande dança final, com toda a companhia executando impecavelmente a marcação coreográfica e o canto afinado do Samba-Enredo. Ciclorama da vida, mágica do Teatro, entretenimento profissional apaixonado. A fagulha que restará eterna. Milhares de microlãmpadas formam palmeiras artificiais, orgulhosas de serem simulacros. Micos leão dourados de acetato caem penduradas. “Deus lhe pague”: “Dizer que conseguimos copiar de maneira impecável as montagens estrangeiras é pouco: damos um passo à frente, vamos além da virtuose técnica, adicionamos à perfeição deles o chica-chica-boom da gente bronzeada que faz pulsar o já montado, de maneira diferenciada. Há um quê de povo renovador em nós”.

Epílogo: surge o Fantasma da Ópera voando a bordo de seu colossal lustre de cristal. Por trás da mascar misteriosa, há uma lágrima verde-amarela, de amor a esta gente incansável que monta Musicais. São os sonhadores: “Musicais são janelas para o imaginário de um povo, cuja qualidade é viver no País das Maravilhas. Que a Ópera de Paris seja a Marquês de Sapucaí e que o fantasma vague em nossas memórias, reafirmando o direito ao sonho. Mascaradas, faces de papel em desfile, é chegada a hora. Avante brincantes do mundo do carnaval musical, pois não há, no mundo dos humanos, gente parecida contigo. Vai ter fim a infinita aflição, e o mundo vai ver uma flor brotar, do impossível chão!”.

Feliz é a São Clemente, que da grandeza deste gênero faz o seu carnaval. Feliz meu samba, que sai pela vida em alegria incontida, nessa maravilha aventura musical.

Revoada de graças translúcidas parte em direção ao por do sol, no infinito. O perfil de Carmem Miranda vai beijando Renato Russo, até desaparecer no Black-out.

Cai o Pano.

Fábio Ricardo
São Clemente 2012

Pesquisa: Tânia Brandão e Marcos Roza